A produtora de games Activision Blizzard abriu uma ação contra dois antigos executivos, acusando-os de tentar prejudicar os ativos da companhia e de terem ameaçado o futuro da série “Call of duty”.
A Activision demitiu os diretores do estúdio Infinity Ward Jason West e Vincent Zampella no mês passado. Os dois executivos logo entraram com uma ação contra a empresa, buscando US$ 36 milhões em royalties e danos.
O Infinity Ward, que foi comprado pela Activision em 2003, desenvolveu o primeiro “Call of duty” e muitos outros da série que é hoje sucesso de vendas.
No processo aberto pela Activision na quinta-feira (8), no Tribunal Superior da Califórnia, em Los Angeles, a empresa afirma que demitiu os executivos por terem violado seus contratos e responsabilidades fiduciárias com a companhia.
Segundo a ação, West e Zampella eram insubordinados e atuavam para interesse próprio, tendo negociado com concorrentes enquanto ainda estavam sob contrato, e teriam tentado impedir a Activision de conceder bônus aos funcionários da Infinity Ward para facilitar que estes fossem “roubados” quando os dois fundassem sua própria empresa.
A Activision também acusou West e Zampella de terem mantido “reféns” versões do jogo “Call of duty” para conseguir suas demandas.
O advogado de defesa dos dois executivos, Robert Schwartz, não quis comentar o assunto, mas disse que pode ter algo a falar mais tarde.
O sexto jogo da série, “Call of duty: modern warfare 2”, foi lançado no final do ano passado e vendeu quase 12 milhões de unidades nos Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha, ainda em 2009. O game estabeleceu o recorde de mais vendido no dia de lançamento, com 4,7 milhões de cópias e estimados US$ 310 milhões.
Após a demissão dos dois executivos, a Activision criou uma nova unidade para a série “Call of duty”. Um novo jogo será lançado no segundo semestre deste ano.
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